Japão recupera o ceptro da ginástica masculina

Depois da China ter assumido o grande protagonismo na Prova de Ginástica de Equipas Masculinas em Pequim 2008, algo que apenas tinha sucedido em Sydney 2000, conseguiu segurar o título colectivo masculino em Londres 2012 e no Mundial de 2014 voltou a subir ao mais alto lugar do pódio.

Como tal, eram os ginastas chineses que partiam como favoritos para esta competição. Venceram a qualificação, adiante de norte-americanos, russos, japoneses, britânicos, brasileiros, ucranianos e alemães.

Na final fica a triste nota para a Ucrânia, que não tendo hipóteses de pódio optou por preservar os seus ginastas para as provas individuais, lançando somente dois em quase todos os aparelhos finais e deixando uma péssima imagem para si numa final, teria sido preferível não se ter apurado, pois Suíça, Holanda, França ou Coreia do Sul não desdenharia a oportunidade.

O Japão não começou bem e na primeira rotação, ficando no cavalo com arções, quedou-se quase dois pontos abaixo de Rússia, que arrancou com uma boa liderança. Nas argolas perde quase um ponto para os russos. Na segunda rotação eram Alemanha, Brasil e Grã-Bretanha a seguirem no encalço dos russos.

É no salto de cavalo que o Japão começa a recuperar, a Rússia mantém dois pontos de avanço mas já são os nipónicos em 2.º, competindo a par nas rotações. A falta de competição ucraniana, o par dos alemães, poderá ainda ter condicionado a evolução da equipa germânica, que começa a perder fôlego na barra.

Nas paralelas os japoneses voltam a ganhar pontos aos russos, agora com uma vantagem de cerca de ponto e meio. A decisão do ouro e prata parece definida e restringida a estes dois conjuntos.

Uma bela prova na Barra vê os japoneses ultrapassarem os russos na penúltima rotação, ficando apenas separados por duas décimas. A China assume o bronze com um notável exercício dos seus três ginastas nas Paralelas, a melhor pontuação parcial da competição (47,866).

Japão e Rússia fecham no solo e os nipónicos dão um festival, 47.199 no conjunto, mais 2.4 pontos que os russos, o ouro olímpico estava entregue e o Japão recuperava  um título que havia conquistado em 2004 e que deteve ininterruptamente entre os Jogos romanos de 60 e os de 1976 (recordando-se que não participou nos de 1980, onde era favorito para perpetuar esse domínio)!

A China conquistou o bronze, algo inédito na ginástica chinesa. Na prova colectiva os chineses haviam sido ou campeões ou vice-campeões olímpicos, nunca fizeram um pódio em 3.º nos Jogos Olímpicos, até ao Rio de Janeiro.

Na última rotação a Grã-Bretanha arrebatou o 4.º lugar aos EUA. O Brasil foi 6.º, Alemanha ficou em 7.º lugar e a Ucrânia última.

 

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